quarta-feira, 25 de abril de 2012

Sobre crescer

Hoje em dia, a crítica moderna usa o adjetivo "adulto" como marca de aprovação. Ela é hostil ao que denomina "nostalgia" e tem absoluto desprezo pelo que chama de "Peter Panteísmo". Por isso, em nossa época, se um homem de cinquenta e três anos admite ainda adorar anões, gigantes, bruxas e animais falantes, é menos provável que ele seja louvado por sua perpétua juventude do que seja ridicularizado e lamentado por seu retardamento mental.
(...) Os críticos para quem a palavra adulto é um termo de aplauso, e não um simples adjetivo descritivo, não são e nem podem ser adultos. Preocupar-se em ser adulto ou não, admirar o adulto por ser adulto, corar de vergonha diante da insinuação de que se é infantil: esses são sinais característicos da infância e da adolescência. E, na infância e na adolescência, quando moderados, são sintomas saudáveis. É natural que as coisas novas queiram crescer. Porém, quando se mantém na meia-idade ou mesmo na juventude, essa preocupação em "ser adulto" é um sinal inequívoco de retardamento mental. Quando tinha dez anos, eu lia contos de fadas escondido e ficava envergonhado quando me pilhavam. Hoje em dia, com cinquenta anos, leio-os abertamente. Quando me tornei homem, deixei para trás as coisas de menino, inclusive o medo de ser infantil e o desejo de ser muito adulto.
A visão moderna, a meu ver, envolve uma falsa concepção de crescimento. Somos acusados de retardamento porque não perdemos um gosto que tínhamos na infância. Mas, na verdade, o retardamento consiste não recusar-se a perder as coisas antigas, mas sim em não aceitar coisas novas. Hoje gosto de vinho branco alemão, coisa de que tenho certeza de que não gostaria quando criança; mas não deixei de gostar de limonada. Chamo esse processo de crescimento ou desenvolvimento, porque ele me enriqueceu: se antes eu tinha um único prazer, agora tenho dois. Porém, se eu tivesse de perder o gosto por limonada para adquirir o gosto pelo vinho, isso não seria crescimento, mas simples mudança. Hoje em dia, já não gosto somente de contos de fadas, mas também de Tolstoi, Jane Austen e Trollope, e chamo isso de crescimento; se tivesse precisado deixar de lado os contos de fadas para apreciar os romancistas, não diria que cresci, mas que mudei. Uma árvore cresce porque ganha novos anéis; já um trem não cresce quando deixa para trás uma estação e ruma para a seguinte, esbaforido. Na realidade, meu argumento de defesa é ainda mais forte e mais complexo. Hoje em dia, para mim, meu crescimento aparece tanto na leitura de romancistas quanto na dos contos de fadas, pois a verdade é que agora aprecio melhor os contos de fadas do que apreciava na infância: como agora sou capaz de inventir mais, também acabo extraindo mais. Mas não é esse o ponto que desejo enfatizar. Mesmo que o gosto por literatura adulta viesse meramente acrescentar-se ao gosto inalterado pela literatura infantil, o acréscimo, mesmo assim, mereceria o nome de "crescimento", o que não aconteceria se o processo consistisse em simplesmente deixar um fardo de lado e pôr outro em seus ombros. É verdade que o processo de crescimento, por acaso e por infelicidade, acarreta outras perdas. Porém, não é a essência do crescimento, e certamente não é o que faz do crescimento algo louvável ou desejável. Se assim fosse, trocar de fardos ou deixar estações para trás fossem a essência e a virtude do crescimento, por que parar na idade adulta? Por que não dar também um sentido positivo à palavra senil? Por que não congratular as pessoas por perderem os dentes e o cabelo? Certos críticos parecem confundir o crescimento com o preço do crescimento, e também gostariam de tornar esse preço muito mais alto do que ele naturalmente deve ser.

- C. S. Lewis


Esse texto foi retirado de "Três maneiras de escrever para crianças", do volume único de As Crônicas de Nárnia. Embora o texto fale sobre literatura e contos de fada achei impossível não relacionar com outras coisas corriqueiras da minha vida, entre elas, evidentemente, lolita.

Quantas de vocês já não ouviram uma ou mais das seguintes perguntas: "Você já não passou da idade de se vestir assim?", "Por que você não usa roupas mais adultas?", "Você está usando rosa de novo?". Isso sem contar os olhares tortos de gente que não te conhece, nunca te viu na vida, e te julga como "criançona" por usar laços na cabeça ou carregar uma bolsa de pelúcia.

Agora imagine se você além de usar lolita ainda coleciona bonecas (sejam elas Barbies, pullips ou BJDs), gosta de usar produtos feitos para crianças (desde shampoo de criança até eventuais compras nas seções infantis) e ainda adora My Little Pony e Ursinhos Carinhosos! Não precisa ser um gênio pra saber que muita gente vai achar que você realmente tem uma síndrome de Peter Pan. Sinceramente, eu acho que existe uma infinidade de coisas piores do que querer ser criança para sempre, mas não é essa a questão. A questão é que nós, lolitas (ou até mesmo meninas que não são lolitas, mas que tem atração especial por coisas nostálgicas), somos frequentemente incompreendidas por pessoas que acham que um aspecto da nossa vida domina toda ela.

Claro, lolita é uma parte importante da nossa vida e é claro que gostamos de coisas que de alguma forma estejam relacionadas a lolita, mas não são nossos únicos interesses, nem a única coisa com a qual nos preocupamos. Nós, lolitas, mantemos (ou resgatamos, depois de um período afastadas) muitas coisas que nos eram queridas na infância e também adquirimos gostos por coisas novas e diferentes que dificilmente seriam relacionadas com lolita. Nós estudamos, trabalhamos, temos famílias, amigos e namorados, alguns dos quais não entendem ou aprovam nossas escolhas e, com certeza, isso é muito mais difícil do que ignorar os comentários grosseiros na rua.

Mas não importa que achem que somos crianças por nos vestirmos assim ou gostarmos do que gostamos. A maioria de nós, que alguns acham que já passou da idade de se vestir assim, também já passou da fase de se preocupar com "parecer adulta" e buscar aprovação alheia pelo o que fazemos ou vestimos. Adolescentes mimados que acabaram de completar 14 anos podem se preocupar com passar uma determinada imagem, se irritar por falarem que eles parecem crianças e tentar provar que são alguma coisa, nós não precisamos disso.

Não vejo nada de errado em manter aquelas coisas que foram importantes para você na infância e permitir que continuem sendo parte da sua vida, mas realmente acho digno de preocupação abandonar as coisas que contribuíram para que você se tornasse o que você é simplesmente para criar uma nova versão de si mesma que não há garantia nenhuma de que será melhor do que a anterior. Ou ainda se envergonhar de admitir que gosta de alguma coisa por ser "coisa de criança".

Francamente não entendo que bem pode te trazer fingir ser algo que você não é ou agir de acordo com o que as pessoas esperam apenas para satisfazer os outros ou ser aceito (a menos que na realidade você seja uma pessoa horrível, estúpida e sem consideração por ninguém. Nesse caso, por favor, finja ser uma pessoa melhor, ou se torne uma de fato). É claro que eu não sou alienada e tenho consciência de que roupas realmente fazem muita diferença para causar uma boa impressão numa entrevista de emprego e coisas assim, mas não é como se alguém fosse para uma entrevista usando peruca rosa e print de unicórnio, né? E não é só sobre roupas que estou falando, como espero que tenham percebido '-'

Eu sei que é um tanto batido, mas é verdade: As pessoas vão te julgar não importa o que você faça. Sendo assim, não parece melhor que te julguem por ser uma pessoa que, na pior das hipóteses, está satisfeita consigo mesma ao invés de uma pessoa frustrada que, não importa o que faça, não consegue a aprovação que tanto deseja?

Me desviei um tanto do assunto inicial, mas é inevitável quando começo a pensar sobre essas coisas. O fato é que eu comecei a divagar, lendo o texto do Clive, sobre o quanto as pessoas acham que sabem sobre nós por uma ou outra coisa que deixamos aparente, e como as pessoas ainda hoje (o texto foi escrito há mais de 50 anos atrás) supervalorizam a vida adulta, coisa que pode ser notado pelo encurtamento da infância: crianças largando os brinquedos cada vez mais cedo e usando maquiagem, gravidez precoce, abuso de álcool... todas essas coisas que hoje em dia, infelizmente, acontecem cada vez mais cedo e são vistas com a maior naturalidade, enquanto gostar de bonecas (ou de se parecer com uma) é uma coisa anormal e doentia.

Essas são só algumas coisas que eu penso quando vejo alguém dando a entender que devemos evitar coisas de criança e ter como objetivo de vida "ser adulto". Crescer para mim tem a ver com assumir responsabilidades, ter coragem de enfrentar os problemas e assumir seus erros, e nada tem a ver com trocar o rosa pelo cinza, parar de assistir filmes Disney para só ver noticiários e abandonar os contos de fada para ler jornal. Também acredito que gostar de "coisas de criança" não é se recusar a se tornar adulto, mas reconhecer que crescer não é abrir mão das coisas que te fazem feliz e deixar que elas continuem sendo parte de você.



Ah! Talvez algumas pessoas tenham estranhado a imagem que usei no começo, mas eu achei a evolução do Slowpoke para Slowbro muito apropriada para ilustrar esse post. Slowpoke e Shelder se unem para evoluir, acrescentando algo um ao outro, não simplesmente mudando. Além disso, Pokémon é uma dessas coisas que eu gostava quando era criança e continuo gostando até hoje :)

32 comentários:

  1. Adorei o texto.E hoje mesmo estava pensando nisso, quando digo que leio contos de fadas, e adoro desenhos e a Barbie a grande maioria das pessoas deve pensar "essa menina é retardada", mas sinceramente, não me acho uma pessoa infantil por gostar de coisas de crianças.

    E como você disse, tem muita coisa pior.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Às vezes me pergunto o que exatamente é ser adulto pras pessoas... Beber cerveja e ficar com gente desconhecida? Não sei se é assim pra todo mundo, só conheço muita gente que pensa dessa forma x_x Ew, no thanks.

      Excluir
  2. Penso exatamente como você, e gostaria que todo mundo, conforme fosse REALMENTE amadurecendo, percebesse isso, sério.
    Ah! E a Pupe de pijama... a gente pensou juntas? Pq fiz a mesma coisa hj de manhã, rsrsrsrs.
    Kissus ♥

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Acho que uma hora ou outra todo mundo acaba percebendo...
      Ah, eu deixei minha Poupée de pijama por semanas DD:

      Excluir
  3. Eu tenho o livro e quase chorei quando li essa parte.
    Concordo plenamente. Vou fazer 15 anos e amo as bonecas Barbie e estou viciada em Monster High. Amei o 10º paragrafo.
    Eu vi o post sobre a coleção da Hello Kitty e aqui aonde eu moro já está no 13º. Só pra adiantar vem uma xícara e um pires.São brancos e tem uns desenhos,mas é bonitinho.
    Obrigada pelo post.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Eu não cheguei a chorar, mas eu ficava falando "Nossa, é isso mesmo! Vish, na cara!" enquanto lia 8DD
      Vish, você é super nova ainda >: Imagine o que não falam de meninas de 22 anos como eu xD Se bem que acho que adolescentes tendem a julgar mais e levar mais "a sério" isso de ~ser adulto~.
      Nossa, vai demorar pra chegar aqui ainda i.i

      Excluir
  4. Concordo com muita coisa... mas tem gente que também deixa de viver sua fase adulta, negando-a quase que completamente e fugindo da realidade. Uma espécie de escapismo de forma descontrolada. Agora pra quem sabe medir as coisas, acho que é uma ótima forma de reviver as coisas boas do passado.
    E é slowpoke que se une com o shellder, não slowking, amor. xD

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Aí é problemático né x_x "Não faz bem viver sonhando e se esquecer de viver." <3
      E eu estava com o Slowking na cabeça, pq ele é lindo -q ;-;

      Excluir
  5. Eu adorei a imagem que usou no início, aind amais que estou numa fase meio ADORO POKÉMON.

    Nossa, eu estava pensando esses dias sobre escrever algo no meu blog, por que várias pessoas comentam comigo: nossa, adoro anime e mangá mas agora estou velha para ir em eventos, estou com cara de velha pra sair de lolita e etc.

    Para mim, realmente não tem iade máxima você gostar e fazer o que adora, e realemne, prefiro ser feliz a er se ser aprovada por uma pessoa frívola, que apenas liga para aparências.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Minha fase já dura uns 13 anos 8D
      Eu fico triste por essas pessoas que gostam de algo e se acham velhas para isso... deve ser pior se impor limitações do que ter elas "impostas" pelos outros :~ Afinal de contas são elas mesmas que acabam afetadas por isso...

      Excluir
  6. Parabéns, Ichigo! Texto maravilhoso!

    Concordo totalmente. Quando falo que ainda gosto de bonecas, disney, contos de fadas e coisas do tipo, e que continuo "fazendo" coisas relacionadas (Poupée Girl, por exemplo) as pessoas me olham torto ou dizem "isso é coisa de criança".
    Não acho que o fato de gostar de coisas rotuladas como infantis afete a sua maturidade.

    Muito obrigada pelo post!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Como se as pessoas tivessem alguma coisa a ver com isso xD Eu me surpreendo a cada dia com a necessidade que as pessoas tem de nos dizer se aprovam ou não as coisas, como se alguém realmente se importasse --' (pior que tem né, muita gente liga mesmo)

      Excluir
  7. achei muito digno esse seu post, Thi ^^

    texto muito lindo do Lewis, palavras muito verdadeiras...eu acho q eu tenho síndrome de Peter Pan pq nunca quiz crescer e até hj reclamo disso...sinto falta de tanta coisa da infância...e acho tão injusto q vivemos tão protegidos quando crianças e depois q vc completa 18 e/ou termina a escola, o mundo te joga na dura realidade da vida =/

    tem uma frase bem legal q li a anos atrás: "As pessoas ñ páram de brincar quando viram adultas, mas elas viram adultas quando páram de brincar"
    essa levei pra vida desde então...tento nunca parar de brincar, ou ficarei louca x.x

    e sempre achei estranho essa fusão do Slowpoke e o Shelder, mas relevamos XD

    bezzo, Thi...saudades de tu ç3ç

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Não acredito que não soube/vc não me falou que vc tinha um blog ¬¬'

      Ah, às xs a passagem da infância pra vida adulta chega num tranco >: Tenho sorte de não ter sido assim comigo, eu acho...

      Slowpoke + Shelder = win u_ú

      Excluir
  8. Amo tudo o que Lewis escreve e também adorei o seu texto!
    Também sofro por não querer abandonar alguns hábitos infantis.
    Eu sempre me pego pensando nisso, em como terei que abandoná-los conforme a idade for chegando... hehehehe...
    Acho que não há necessidade disso. Existe um pré-requisito pra ser adulto? Ser adulto já não seria um pré-requisito? As pessoas estão sempre querendo atestar a sua maturidade. Como se ser velho de idade não bastasse, ainda temos que ser velhos de alma?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Como eu disse no post, pra mim ser adulto é ter maturidade, responsabilidade e coragem de enfrentar os problemas. Acho que as pessoas que tentam se afirmar adultas pelo abandono de gostos de criança fazem isso pra tentar compensar a falta de maturidade das suas ações.

      Excluir
  9. Nossa, muito bom! Ótimos os dois textos.
    Não sou lolita mas tenho meus gostos "infantis". Daí tem uma menina na minha sala que me critica porque eu fico esperando ansiosamente filmes como Vingadores! Na boa, véi, vai ver seu Almodovar e me deixa em paz com minha Marvelzinha. Hauhauahuahaua!

    Beijos

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Ah mas como não ficar ansiosa por Vingadores? Sua colega não é humana, simplesmente u_ú
      Tony Stark <33 Loki <333333

      Excluir
  10. Ótimo post. Tanto pelo uso corretíssimo do excerto do Lewis quanto por tudo o que você escreveu.
    É triste mesmo tanta gente "julgar" os outros por manter seu interesse em coisas lúdicas quando crescem mas quando vêem crianças dançando funk (entre as outras coisas que você citou) acham tudo normal.

    Saudadona ;; <3

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Né. Rola uma inversão de valores ae >: Fico louca quando vejo criança se preocupando com coisas que não deviam, tipo perder peso e usar maquiagem. NOOO. Tipo, eu passava os batons da minha mãe, mas nem sabia o que era base e primer >:
      Saudades tb ;_;

      Excluir
  11. Eu sabia que tinha reconhecido esse texto de algum lugar quando comecei a ler. O C.S.Lewis é um cara muito legal, aliás, aquela geração de escritores de fantasia foi toda muito boa.
    Sobre esse assunto de crescer, tem gente que tem mesmo essa visão estranha da vida, em que você tem que abandonar tudo o que foi quando criança e adolescente para ser um adulto.
    Me lembro de quando cultura japonesa não estava tão "na moda" e tinham meninas que ficavam: "você ainda assiste desenho com essa idade?" só porque eu assisto animes. Ou no caso de uma colega minha, quando mostrei uma história que eu estava escrevendo (uma fantasia com meus lindos elfos) ela me falou: "você nunca vai deixar de ser criança, né karol?" sinceramente, não tinha pensado muito por esse lado até essa época.
    Sinceramente, se crescer significa viver num mundo chato sem o mínimo de magia, prefiro não crescer.

    Enfim, falei demais. rsrsrsrsrsrs
    Mas gostei muito do seu post, muito legal. E o texto do lewis foi uma ótima maneira de começar.
    beijos ^^

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Eu acho muito engraçado a alienação dessas pessoas de acharem que desenho é tudo coisa de criança. Nunca viram um South Park na vida. Dá Elfen Lied pra elas verem 8D Capaz de acharem que japoneses são loucos pra deixar crianças verem isso. Tão tapadas que não conseguem ver as coisas que são esfregadas na cara delas.
      Se ser criança é manter uma mente mais aberta e interesses mais variados, realmente, nunca deixemos de ser crianças :3

      Excluir
  12. Que post lindo, Ichigo! *enxuga as lágrimas* é exatamente assim que penso quando alguém me olha torto por eu preferir ver animes e ler livros infanto-juvenis a ir a baladas nos finais de semana e ler jornal ou livros de "adultos" =.=

    Infelizmente gente ignorante existe em todo o lugar, mas é bom saber que tem alguém por aí ( e não são poucos) que pensa da mesma maneira que a gente ^^

    Beijos.

    http://myprincess-days.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Pois é, não basta só ser diferente, as pessoas tem que taxar como errado :D
      Felizmente nós nunca estamos sozinhas :3

      Excluir
  13. Excelente reflexão! Acho que todas nós, ao menos uma vezinha na vida, já havia pensado em uma - ou mais - das questões que você levantou no post.

    Uma das partes que mais gostei foi quando você escreveu: "[...] não parece melhor que te julguem por ser uma pessoa que, na pior das hipóteses, está satisfeita consigo mesma ao invés de uma pessoa frustrada que, não importa o que faça, não consegue a aprovação que tanto deseja?"

    Sobre infância "encurtada", lidando diariamente com crianças, sei o quanto a realidade mudou drasticamente, se comparada ao nosso modo de ter sido criança e o que hoje é considerado "ser criança". É uma banalização, um descaso, uma... sei lá, descaracterização total de qualquer noção que idealizávamos do que é, de fato, ter 6, 7, 8 anos. Costumo pensar que são crianças mais pela faixa etária, porque, sinceramente, não sei se têm infância.

    Se o assunto acabou seguindo por outros lados, isso só deixou a discussão ainda mais rica, Ichigo! Gostei muito do texto! E a imagem de abertura, então?! Mais adequada, impossível! ^^

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Realmente, é mais pela faixa etária mesmo, porque se for julgar pela mentalidade ou pelas coisas que fazem hoje em dia... :/ Dá até uma tristeza de pensar.

      Fico muito feliz que tenha gostado do post e achado a imagem adequada xD

      Excluir
  14. Adorei o teu post Ichigo,achei super bem escrito e tu conseguiu de forma madura e adulta botar um lado importante da tua opiniã mas que todas aqui acredito eu,concordam contigo.
    Eu sempre passei por preconceitos desde de que me conheço por gente por ser alguém diferente,por gostar de desenho,cabelo colorido e coisas fofas de criança,e hj como uma adulta as pessoas cobram que eu aja assim.
    Mas sempre defendo os meus gostos com garras e dentes,pq acredito que esse jeito de ser faz parte de mim e é tão importante ser alguém autêntica que quanto mais as pessoas me criticam mais força elas me dão e mais certeza tenho de quem eu sou me faz feliz e isso não vai mudar.
    Sabe...tenho pena de pessoas que chegam e me falam : Luly tu não envelhece,ou Luly tu sempre lutou pelo que tu gosta e faz o que gosta como queria ser assim..
    Quando escuto isso vejo como sou feliz e me amo ainda mais sendo essa pessoa de cabelo verde de lolita e adoradora dos anos 80,que realmente foi a melhor época da minha vida,a época que era criança.
    xoxo
    Luly

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Eu sempre passei por preconceitos desde de que me conheço por gente por ser alguém diferente [2]
      Eu também, desde muito muito cedo, por ser mestiça e ser a única na minha cidade. Acho que apesar de ter sido ruim na época acabou ajudando a formar minha personalidade e fico até feliz por isso :3

      Eu realmente não entendo as pessoas quererem fazer algo e não fazerem .-. É triste :~

      Excluir
  15. Gostei muito desse post, 15~! Eu estava sentindo falta dos posts escritos por você XDD Tipo, não que suas traduções não sejam úteis, mas gosto de ouvir a sua opinião sobre as coisas também.

    E nossa, as respostas da mãe da Venus foram ótimas!

    Acho que nunca fui chamada de infantil mesmo gostando de um monte de coisas que as pessoas associam tipicamente a crianças, então não sei como é isso XD

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Eu gosto de escrever também, vou tentar fazer mais isso ^^ Fiquei muito feliz com toda a repercussão positiva desse post :)

      Você tem sorte de viver cercada de pessoas menos limitadas xD

      Excluir
  16. Eu acho que dizer "obrigada" não é o bastante pra expressar como estou me sentindo Agora!

    *_______*~~

    ResponderExcluir

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...