sexta-feira, 7 de março de 2014

J-fashion e moda alternativa e o que slutshaming tem a ver com você


fonte: fuckyeahsubversivekawaii

Slut shaming (ou slut-shaming) é definido como o ato de induzir uma mulher se sentir culpada ou inferior devido a prática de certos comportamentos sexuais que desviam de expectativas tradicionais de seu gênero.1 2 Estes comportamentos incluem, dependendo da cultura, ter um grande número de parceiros sexuais, ter relações sexuais fora do casamento, ter relações sexuais casuais, agir ou se vestir de uma maneira que é considerado excessivamente sexual. Isso geralmente é feito através de xingamentos, bem como de outras formas mais discretas ou disfarçadas. Entre os diversos insultos, pode-se encontrar os termos "vadia", "puta", "biscate", "oferecida", etc.
O slut-shaming atua de forma a policiar e restringir a sexualidade feminina e sua expressão, definindo os limites do comportamento sexual aceitável.
Fonte: Wikipedia


Gente, essa última frase é TÃO importante! "policiar e restringir a sexualidade feminina e sua expressão" Eu acrescentaria que não se trata só de reprimir a sexualidade: usar os insultos misóginos caracteristicos para criticar o modo de vestir ou a postura de uma mulher também se enquadra em slut shaming.

Ok, já expliquei o que significa o termo, mas o que ele tem a ver com lolita, j-fashion e outros estilos alternativos? Bom, eu tenho presenciado com frequencia assustadora meninas usarem o slut shaming como forma de se "diferenciar" de meninas de outros grupos e estilos que elas consideram vulgares e, portanto, inferiores. O que tem a ver achar que roupa define caráter e portanto te faz melhor ou pior que alguém eu não sei, mas parece fazer sentido para algumas pessoas. Loucura, não?

Vocês vão ver que eu uso o funk e as funkeiras como padrão de comparação nesse texto, mas isso se deve ao fato de que é o estilo que eu mais vejo sendo discriminado pelos adeptos de estilos alternativos. Não vou entrar no mérito de que o preconceito contra a cultura do funk (usei a palavra "cultura" para me referir ao funk, vai chorar? 8D) ser uma postura classista e racista, mas perdi as contas de quantas vezes vi meninas falando “eu queria usar lolita, mas aqui na minha cidade só tem umas funkeiras sem pudor”, “meus pais não me deixam usar lolita, mas não entendo por que. Ainda se minhas roupas fossem vulgares...” ou “pelo menos não estou por aí dançando funk”. Por que obviamente só ter funkeiras na sua cidade te impede de usar algo diferente delas, usar roupas "vulgares" te desqualificaria como uma filha que merece ganhar roupas lolita dos pais e dançar funk te faz ser uma pessoa ruim :D Só que não.

É compreensível que estilos tão diferentes não se misturem tanto. Não é de se estranhar que as roupas curtas e justas das funkeiras não agradem as lolitas, do mesmo modo que muita gente deve olhar pra essas meninas com roupas de boneca e pensar mil coisas, muitas delas não tão agradáveis, mas como pessoas que sofrem preconceito diariamente pela roupa que vestem nós deveríamos saber melhor. Nós não deveríamos julgar as pessoas pelas roupas, pela música que ouvem ou qualquer coisa que não esteja diretamente ligada ao caráter ou à maneira como elas te tratam e, como eu já disse, roupa não define caráter.

É totalmente normal você não partilhar do mesmo gosto (afinal, que chato o mundo seria se todo mundo fosse igual), achar “feio” o que as funkeiras ouvem ou vestem, mas você acha que elas são todas vagabundas por isso? É ótimo expressar individualidade e ter a liberdade de poder se vestir de maneira diferente dos padrões, mas como exatamente o fato de você usar uma saia rodada no joelho e não mostrar o vão dos seios te torna uma pessoa melhor, se você usa isso para humilhar as pessoas e se sentir superior?



fonte: fuckyeahsubversivekawaii

Mas não é só no sentido moda alternativa → funk que isso acontece, não. Já vi muita lolita sendo vítima de slutshaming vindo de outras (presumivelmente) lolitas. Casos de se valerem de anonimato (vocês sabem do que estou falando) para expor o que a menina faz ou deixa de fazer (especulações em sua maioria, mas mesmo assim) como uma tentativa de abalar a popularidade da pessoa ("oh, olha que vadia, não merece a admiração de vocês!"). Gente, é sério que a dor de cotovelo é tão grande que tem que se rebaixar a esse nível pra tentar atingir alguém? A falta de argumento é tanta que precisa ficar falando que uma é lésbica, que a outra tem relacionamento aberto e outra curte fazer coisas que você não como se essas fossem coisas ruins? Ruim é ser homofóbico! Ruim é não ter caráter!

Você não precisa gostar nem concordar com que as outras mulheres fazem ou deixam de fazer (embora seja sempre bom se perguntar por quê. Você apenas não gosta mesmo ou foi ensinada a achar isso?), mas você também não precisa expor as pessoas e humilhá-las pra mostrar que não concorda. Sabe o que mais você pode fazer pra mostrar que não concorda? Não fazendo igual. Se você sente necessidade de expor sua opinião porque não quer ser confundida com "esse tipo", se pergunte por que. A opinião dos outros é tão importante assim? Você acha que precisa xingar a funkeira pra mostrar que não é uma ou basta não curtir funk? Se você precisa ofender pra se diferenciar, sinto muito, mas você pode até estar sendo "diferente", mas dificilmente está sendo melhor.

"(...) vamos deixar uma coisa clara: você não é melhor que uma menina que usa shorts curto. Aliás, só achar que você é melhor que alguém por causa de roupas, já não te faz uma pessoa boa.

Se você tem interesse em ser melhor que a pessoa comum, recomendo programas de voluntariado. Tem de animais, pessoas com deficiência, doenças graves, crianças, idosos, doação de sangue. Tem programas de arrecadação de brinquedos, de livros, de fraldas geriátricas, de material de higiene pessoal. Tem dias para dar atenção, carinho, escutar alguém. Se for corajosa dá pra ir longe e ajudar a salvar o mundo da miséria, fome e doença nos cantos mais sujos e tristes do mundo. Só se envolver com a sua comunidade local, trabalhar numa horta, se envolver na política, movimentos sociais, já ajuda. Eu ando vendo muito sobre isso, se precisar de sugestões de programas e ideias, é só falar.

Eu te garanto que depois de participar desse tipo de coisa você vai descobrir uma coisa muito interessante: que você vai se sentir mais completa e não vai ser preocupar muito em se sentir melhor que os outros, porque você vai se sentir melhor com si mesma [sic]. A vida vai ter mais sentido. E não vai nem ligar se tem gente andando sem calcinha por aí, ou se tem homem beijando homem. Tanto faz. Eu quero é cuidar da minha vida e ser feliz. Se a pessoa está feliz assim, quem sou eu para julgar."

- Chadias (trecho retirado desse post)



Alguns exemplos de mensagens que vejo sendo amplamente compartilhadas no facebook que também podem ser consideradas slut shaming:

♦ Chamar cosplayer que faz cosplay sexy de cosputa (cosplay não é moda alternativa, mas :B)
Alguns ainda explicam que cosputa não é fazer cosplay de uma personagem sexy, mas erotizar uma personagem que não era pra ser sexy. Por que oh, pode usar original costume à vontade, mas como se atreve a mostrar mais do seu corpo do que eu acho correto? E depois ainda reclama se sofre abuso no evento!? Tsc tsc. (por favor, notem o sarcasmos. grata.)

♦ Chamar de hipócritas mulheres que curtem sair e ficar com outras pessoas e postam frases de amor
... mas quando um homem faz isso tudo bem, quer dizer que ele mudou, ou que está esperando a mulher certa por aí (afinal essas mulheres de balada não servem pra namorar, né? tsc tsc - mas ele vai pra balada e tá lindo e puro? Ok.)
Novidade quentinha pra vocês: Hipocrisia é isso aí que vocês fazem, flw.

♦ “Feio não é falar palavrão, feio é ser vadia.”
Feio é cuidar da vida dos outros e taxar de vadia quem você nem conhece, tá louca?



fonte: fuckyeahsubversivekawaii

Relendo esse texto eu posso perceber que pareço um tanto agressiva. Juro pra vocês que eu não estou querendo apontar o dedo no nariz de ninguém e falar "Nossa, que pessoa horrível você é! Que vergonha!", mas eu realmente quero que vocês reflitam sobre qual a necessidade de fazer isso, por que continuar fazendo e ficaria imensamente se pudessem parar.

Eu sei que é difícil. Eu sei que a gente cresce achando que somos todas rivais, a gente cresce aprendendo a não se amar, que ser mulher é ruim, que você precisa fazer X e Y, deixar de fazer outras tantas pra ser uma "mulher de verdade", "de respeito" e mais um monte de merda que tentam enfiar pela nossa goela desde cedo. A gente ouve que mulheres são falsas, interesseiras, fúteis, superficiais e acaba acreditando nisso. Tentam enquadrar a gente numa caixinha de gênero e comportamento apertada e escura que, adivinha? Não é confortável para nenhuma de nós. A grande maioria não se encaixa. E olha só, ser "diferente" não faz a gente melhor que a coleguinha, faz a gente humanas.

A gente é ensinada a se reprimir, que tantas coisas que são saudáveis e admiradas nos meninos são proibidas pra nós, que nosso mundo é limitado. Por que se limitar ainda mais odiando aquelas que, se você pensar bem, nem são tão diferentes de nós? Todas nós sofremos com isso em algum nível e sabemos como é. Se você não sabe, ou você é muito ingênua ou uma grande privilegiada. Se for o segundo caso, tenha consciência de que não é por que você nunca sofreu com isso que deve duvidar do sofrimento dos outros. Ou então você nunca percebeu por que está ajudando a causar esse tipo de sofrimento em outras pessoas, talvez? :/

Eu sei que amar e apoiar as irmãs é um passo muito grande. Sei mesmo. Mas tentar não odiar, não ofender e humilhar, é um começo. Respeitar é um grande passo.



fonte: fuckyeahsubversivekawaii

You can call me a sinner
And you can call me a saint
Celebrate me for who I am
Dislike me for what I ain't
Put me up on a pedestal
Or drag me down in the dirt
Sticks and stones will break my bones
But your names will never hurt
- Like it or not, Madonna

Você pode me chamar de pecadora
E você pode me chamar de santa
Me celebrar por quem eu sou
Desgostar de mim pelo o que eu não sou
Me por num pedestal
Ou me jogar na lama
Paus e pedras quebrarão meus ossos
Mas seus nomes nunca irão machucar

Agradecimentos especiais para a Paula RM que me ajudou com o post :3

60 comentários:

  1. Legal você ter abordado esse assunto. Muitas pessoas acham que no meio lolita (ou cosplay) não há esse tipo de comportamento. E quem se comporta dessa maneira, acha normal ridicularizar e se sente superior aos outros por conta de uma roupa ou um cosplay mais "fechado". Péssimo.
    Tô montando meu guarda-roupa lolita, agora não saio mais daqui. 8D

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    1. É de se esperar que pessoas que já são discriminadas de alguma forma tenham alguma empatia e não reproduzam o comportamento, mas não é o que acontece, né? :/

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  2. Que post P-E-R-F-E-I-T-O!!!!!!!!!
    Você abordou um assunto tão difícil de uma forma que eu jamais parei pra pensar!
    Realmente não tinha me tocado de como isso ta tão presente no nosso dia a dia @_@
    Não tenho palavras pra agradecer! Muito obrigada, Ichigo!

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    1. Não entendi se você quis dizer "digno de aplausos" ou que não é plausível xD

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    2. Digno de aplausos, sempre *¬*

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  4. Em primeiro lugar acho super cara de pau logo VOCÊ fazendo um post sobre isso.
    E acho que nem preciso dizer o motivo, não é? Hidratante de peroba bombando.
    Em segundo lugar, roupa não define caráter, mas na maioria das vezes é uma expressão dele.
    Uma garota que escolhe lolita por ser uma roupa de princesa, recatada, modesta e etc, muitas vezes usar isso para expressar seu descontentamento diante de um mundo cada vez mais vulgarizado e sexualizado.
    Muitas vezes (especialmente com as mais novas) é a garota que é ridicularizada, humilhada por ser diferente.
    E ser humilhada não necessariamente a faz querer ser SOOOO NICE. Na maioria das vezes a faz querer se voltar contra quem a agrediu.
    Quem é zoada por Patricinhas, funkeiras e etc etc, vai querer se mostrar diferente disso. Vai querer se afastar da imagem de quem é grosseiro com ela.
    Quem é chamada de ‘‘Emilia do Sitio do Picapau Amarelo’’ vai querer chamar de biscate, vai querer revidar o xingamento. E, não tendo coragem de fazer isso cara a cara, vai fazer na internet.
    Não vamos ser hipócritas e descontar exatamente em quem já sofre preconceito. Além de tudo temos que ser perfeitas, aturar caladas e não devolver na mesma moeda quem nos julga?

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    1. Acho que você precisa dizer o motivo, sim (:

      "roupa não define caráter, mas na maioria das vezes é uma expressão dele"
      É esse tipo de pensamento que leva as pessoas a acreditarem que podem cobrar que lolitas sejam sempre meigas e delicadas.

      "Uma garota que escolhe lolita por ser uma roupa de princesa, recatada, modesta e etc, muitas vezes usar isso para expressar seu descontentamento diante de um mundo cada vez mais vulgarizado e sexualizado."
      Eu concordo com você nesse ponto, muitas vezes ir na contramão desse padrão de beleza é um ato de rebeldia contra o padrão de beleza feminino hipersexualizado.

      "Quem é zoada por Patricinhas, funkeiras e etc etc, vai querer se mostrar diferente disso. Vai querer se afastar da imagem de quem é grosseiro com ela."
      Eu concordo em retrucar quem mexe com a gente na rua, mas é válido englobar todo um grupo nesse xingamento porque uma ou outra foi grosseira com você?

      "Quem é chamada de ‘‘Emilia do Sitio do Picapau Amarelo’’ vai querer chamar de biscate, vai querer revidar o xingamento. E, não tendo coragem de fazer isso cara a cara, vai fazer na internet."
      Existem milhões de xingamentos a serem usados sem ter que se utilizar da suposta má conduta sexual da pessoa. Se você não tem coragem de falar na cara, não devia falar at all, muito menos se valendo de anonimato.

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    2. Entender a parte do post que diz que somos educadas a nos odiar e sermos rivais umas das outras seria bom :)
      Olha, na minha humildade opinião, o tempo em que xingamento era argumento para "vencer" discussão já passou :D Atacar a vida e comportamento alheio cujo você nada tem a ver (e mesmo se tivesse algo a ver...) é ridículo :) As pessoas fazem escolhas, independente de estilo, sexo, etnia ou religião, basta fazer as suas e aceitar as escolhas alheias (desde que sejam plausíveis).

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  5. Ah, post adicionado aos favoritos <3 Você tratou do assunto muuiito bem. Eu já fiz muito slut-shaming, e me delimitei muito para não ser chamada de vadia e etc. Até que finalmente percebi que isso é nada mais do que lutar no time contrário, e que realmente, não é justo julgar alguém por tão pouco. Isso sim é falta de respeito. Desde que aprendi a me libertar isso fui chamada de "vadia", fútil, fácil, pervertida, burra, e etc. Não ligo, não me machuca, só espero que essas pessoas saiam dessa limitada forma de ver as escolhas de uma mulher. Slut shaming é o consolo do prisioneiro.

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    1. Quem nunca, não é? Eu não acho que todo mundo que faz slutshaming sejam pessoas horríveis, na maioria das vezes são vítimas de um sistema que prejudica todas nós. Mas se mesmo depois de ter o erro apontado insiste em fazer é outra história.

      Sua linda ♥

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  6. Olá, Ichigo. Eu acompanho seu blog faz alguns anos, mas nunca comentei em nada. Bem chato da minha parte, eu sei, mas é que sou um pouco tímida e nunca tive nada pra falar, no máximo algum agradecimento por tantas dicas e afins. Mas hoje foi diferente. Hoje senti vontade de aplaudir o seu texto aqui na frente do notebook.
    É muito bom ver que você, uma pessoa com tanta presença no meio lolita, esteja espalhando a ideia do feminismo por aí. O meio lolita é bastante atingido por esse conceito, e é infelizmente normal ver garotas se rivalizando umas com as outras por pequenas coisas. Não só o slutshaming, mas o fatshaming e o racismo estão muito presentes no j-fashion. Fico muito feliz - e grata - por ver que você também luta contra isso. Até uns anos atrás eu também teria os mesmos pensamentos horríveis desses exemplos que você citou, mas graças à pessoas feito você eu pude ver o quanto estava sendo errada e injusta. Obrigada. Espero que outras garotas também possam rever os seus pensamentos e criar um ambiente melhor entre elas mesmas.

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    1. Tudo bem :3 Mesmo que não comentem, eu sei que tem gente lendo e o que eu falo não está se perdendo no vácuo, mas é muito mais gostoso ter essa interação e saber o que vocês estão pensando (mesmo quando discordam, como a amiga lá em cima).

      Bodyshaming e racismo são coisas horríveis também, mas pelo menos racismo as pessoas tem um pouco noção do quão grotesco é e não se sentem tão no direito de expressar a opinião dando a cara tapa (prova de que as próprias pessoas tem vergonha de suas opiniões atrasadas e preconceituosas, o que é alguma coisa :T). Eu pretendo falar sobre bodyshaming em breve o_ov

      As pessoas ainda parecem muito resistentes ao nome "feminismo", mais por ignorância do que qualquer coisa, e acho que qualquer coisa que a gente pode fazer pra ajudar não é em vão.

      Fiquei muito feliz com o seu comentário, nossa, muito mesmo ♥ Dá cá um abraço :3

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    2. Sim, feminismo vem carregado de um monte de pré-conceitos errados. É muito triste isso. E eu tô super feliz de você ter gostado! <3<3<3 Pffff, estou te abraçando virtualmente aqui. :3

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    3. Nós agora: http://cdn04.cdn.socialitelife.com/wp-content/uploads/2010/11/cats-hugging-11162010-01.jpg

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  7. Ichigo, você é a+. Obrigada por esse post.

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  8. Adorei o post! Parabéns <3

    E pensar que é algo que todos deveriam ter consciência, mas simplesmente não ocorre. Vejo tantas pessoas que se consideram inteligentes e boas fazendo isso! O mais triste é ver quem diz que foi maltratado por escolher um estilo, mal-dizendo outro. Como se não tivesse aprendido absolutamente nada com o ocorrido.

    Quantas vazes um elogio não terminou em desgosto com ''Ah, seu estilo é tão lindo! Muito melhor do que essas meninas que andam peladas'', e eu fico pensando ''Não preciso desse seu tipo de elogio'', aliás, ninguém precisa. Ou ''Ah, não sabia que você estava ficando com fulana, achava que você tinha namorado'' como se se relacionar com um homem anulasse automaticamente o que você é ou gosta de fazer e isso me tornasse alvo de ouvir que ''não pensava isso de você, que feio''. Muitas pessoas se privam de sua liberdade e felicidade por conta de si mesmas e do quanto se deixam influenciar pelos outros, e não querem se sentir sozinhos, querem que todos vivam na mesma prisão.

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    1. As pessoas parece que não conseguem elogiar alguém sem desdenhar de outros. Me lembra quando "elogiam" meninas mais cheinhas falando que quem gosta de osso é cachorro, "mulher tem que ter onde pegar" e outras coisas do tipo. "mulher tem que" o caramba, meu filho! D:

      As pessoas tem que entender que a culpa delas se "decepcionarem" com a gente não é nossa, é delas mesmo xD Ninguém mandou ficar idealizando gente que você nem conhece, cresçam, não somos obrigadas a nos apresentar como modelo de conduta pra ninguém. Se achou ruim, paciência ^^v

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  9. O post foi muito bem escrito e eu adorei o fato de você ter falado desse assunto ♡
    http://winxvirtualmagazine.blogspot.com.br/

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  10. Adorei o texto e sim! funk é uma subcultura/cultura como qualquer outra. E mais piriguete é um estilo de vestir igual a lolita. Com regras e tudo!

    Bem, eu acredito em roupa como uma expressão de gosto, não de caráter. Você usa o que você GOSTA não o que você É. p.ex. eu espero poder parar alguém com uma blusa de jogo ou banda na rua e, se der, bater um papo sobre isso. por que, através da roupa, se demonstra gosto, não caráter.
    por essa lógica, de roupa = caráter, e de forma radical, ladrão não usa terno.

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    1. Confesso que há uns anos atrás quando vi matérias a respeito do estilo piriguete fiquei um pouco chocada, jurava que era só um xingamento pra menina que vai atrás de cara comprometido! D:

      "Você usa o que você GOSTA não o que você É."
      Exato, obrigada. Eu gosto de morangos e rosa, mas não combina com a minha personalidade (caráter é uma palavra pesada em se tratando de APARÊNCIA, né?)

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  11. Slut Shaming é BEM recorrente no meio lolita :s

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    1. Infelizmente. Espero que as pessoas tomem consciência disso.

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  12. Q post incrível!
    Já tava mais do q na hr de alguém falar sobre isso.

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  13. Achei digníssimo, as irmãs precisam se unir e nada melhor q se informar pra isso ^-^

    Parabéns pelo post, ficou lindo <3

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    1. suport all sisters \o/ (not only CISters)
      obrigada, diva ♥

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  14. Adorei seu post, 15! ♥ Realmente, achei muito legal você trazer à tona esse tipo de discussão/debate! Concordo em gênero, número e grau com o que foi escrito.

    E pois é, também não tem porque ficar estagnada. Por exemplo, eu já julguei outras garotas por usarem maquiagem, pela roupa que vestem e já julguei pessoas em geral por gostarem de funl/axé/pagode/sertanejo. Aos poucos, fui pensando, me informando e combatendo esses preconceitos. Eles são ensinados desde que somos crianças e acabamos naturalizando. Eu ainda me acho preconceituosa, mas sinto que estou cada vez menos e é isso que importa: ter a consciência e se dispor a combater o que você vê de errado em você.

    Não vejo o fato de eu ter tido preconceitos como motivo de vergonha. Não foi minha culpa. Infelizmente foram coisas que me passaram antes que eu pudesse pensar sobre elas. Mas eu posso, agora, pensar mais e fazer o caminho reverso ^^

    Sinto especialmente muito slut-shaming (dentro da comunidade lolita) em relação às itas. Que, sejamos sinceras, o próprio conceito é pejorativo. Ainda pretendo fazer um post de debate sobre isso, mas enfim, vou adiando u_uv

    Mais uma vez, parabéns por trazer esse debate, em especial logo antes de uma data tão marcante para as mulheres! ♥

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    1. "é isso que importa: ter a consciência e se dispor a combater o que você vê de errado em você."
      Eu não poderia dizer melhor ♥

      Não é vergonha ter tido preconceitos (no passado), mas depois de certa idade a gente pode e deve se informar e pensar pela própria cabeça, e aí não tem desculpa.

      Nunca cheguei a notar esse viés de slutshaming no hate com as itas D: Pra mim o foco sempre foi na roupa. Se bem que tem o termo pirigótica, né? hmm...

      Faça seu post sim, vou adorar ler!

      Obrigada! ♥

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  15. Poxa, esse post está tão...perfeito ( acho que essa palavra é ao nivel dele).
    Eu vivo dizendo para eu mesma " não julgue pra não ser julgada" , " pense bem em como seria se voce fosse essa pessoa" , "voce nao conhece os seus motivos" ou " quer ser melhor? cuide de si".
    Eu não vou negar, já zoei com algumas funkeiras mas, nada mais que brincadeira. Eu tenho amigas que curtem funk, eu apenas respeito. Claro que, também tenho meus defeitos e a maioria das coisas que eu gosto elas não gostam.
    Todos nós temos nossas necessidades e diferenças, mas também temos coisas em comum.. Ninguém deve apontar o dedo pra ninguém ( até porque, quando fazemos isso, quatro dedos estão contra nós!)
    Realmente, amei seu texto! vou compartilhar ♥

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    1. Ah, Ayumi, se todo mundo pensasse como você o mundo seria um lugar melhor ♥

      Eu também tenho amigas muito diferentes de mim, que gostam de funk, pagode, sertanejo, festas universitárias... mas a amizade não se baseia apenas em rótulos, não é? O importante é a confiança e o respeito ^^v

      Obrigada!

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  16. Mas você já fez muuuuuiro slut-shaming, inclusive aqui no seu blog...

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    1. Anon, a questão não é nunca errar, mas aprender com seus erros e não repeti-los (e, se possível, ajudar os outros a não cometerem o mesmo erro também) :)

      Sinceramente eu acho que mudar de ideia quanto a slutshaming não é um ponto contra e sim a favor. Você ser uma prova viva de que as pessoas erram e mudam, sim, e passam a combater uma coisa nociva da qual antes faziam parte. Eu não chamo isso de hipocrisia, chamo de evolução.

      Acho melhor ver esse tipo de coisa e reavaliar as próprias atitudes do que apontar o dedo pros outros e ficar "mimimi mas você fazia/fez/pensava isso". Desapega, sabe? Ficar ligando mais pro passado das pessoas do que elas próprias não faz bem.

      Tudo de bom pra você ♥

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  17. Como a menina lá de cima, também acompanho seu blog a bastante tempo, mas nunca comentei nada. Eu queria dizer tanta coisa, mas os outros já fizeram isso por mim hehe.
    Incrível texto! O que mais me anima nele é ver como você conseguiu expressar pensamentos feministas de forma tão clara e agradável! De coração, parabéns! Tenho certeza que esse post vai mudar, nem que seja um pouquinho só, os pensamentos de algumas lolitas (entre outrxs), além é claro, da propagação da ~santa ideologia feminista~ nesse meio (que talvez estivesse precisando de uma "reforma" devido a tantos desavenças em relação a quem "foge" do padrão lolita de beleza) hahahaha <3

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    1. Fico feliz que tenha achado isso :3 Como é um assunto delicado, tenho medo de que se eu for muito agressiva as pessoas fiquem na defensiva ao invés de repensar e absorver o que eu tenho a dizer.

      Espero que você esteja certa ♥

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  18. Orgulho alheio por esse post!
    Do ano passado pra cá eu me reeduquei bastante à lição do respeito... mudei opiniões, minhas e alheia. Tô tentando entrar em um coletivo político e sim, é grandiosa a sensação de se sentir educado e principalmente de ver que outras pessoas se sentem incluídas e não discriminadas dos nossos ideias! :D

    Parabéns, seu feminismo é lindo e me inspira!

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    1. É isso aí, temos que começar a nos reeducar antes de tentar passar isso pros outros :3 É uma caminhada sem fim, mas muito compensadora!
      Muito obrigada!

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  19. Mudei bastante meu pensamento, principalmente com relação a moda e as pessoas!

    "Eu sei que amar e apoiar as irmãs é um passo muito grande. Sei mesmo. Mas tentar não odiar, não ofender e humilhar, é um começo. Respeitar é um grande passo."
    Confesso que antes de eu entrar na faculdade, eu tinha esse pensamento de "odiar a coleguinha porque ela não tinha o mesmo gosto que eu". Mas quando você amadurece e vê o mundo com outros olhos, parece que tudo o que pensava antes era só "birra" (não sei se me expressei bem, mas vamos colocar assim xD) e parece que tudo fica mais fácil de lidar também.

    Quero muito que as pessoas tenham essa consciência, principalmente em meio a estilos!
    Bom, acho que de resto, muitos comentários aqui já expressaram minha opinião a respeito do seu maravilhoso texto. Parabéns mesmo, Ichigo! É um texto que indicaria (e indico) para todo mundo ♥
    Salvando nos favoritos, JÁ!

    Um grande beijo pra ti.

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    1. Esse pensamento de "odiar a coleguinha porque ela não tinha o mesmo gosto que eu" nada mais é do que um reflexo da educação que recebemos no sentido de nos vermos como rivais. Acredito que mesmo com as amigas com quem temos coisas em comum ainda role esse sentimento de competitividade, e é muito ruim D: Melhor coisa se libertar dessas coisas!

      Muito obrigada!

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  20. Linda, esse texto foi um tapa na cara de muita menina. Uns dias atrás eu entrei em um blog que a dona estava falando umas idiotices sobre moda em geral sem ter o mínimo de conhecimento, mas foi só quando eu li "não entendo uma criatura que usa uma blusa que mal cobre os seios ou usa um short enfiado você sabe onde" que eu me irritei de verdade. Foi uma gota d'água para mim e resolvi escrever um post no meu blog sobre esse negócio de "o corpo é da pessoa, você não tem direito algum sobre ele".
    Eu fico envergonhada de muitas mulheres se julgarem desse modo e depois virem com a hipocrisia do seu estilo diferente não ser respeitado. Querendo ou não, funk é uma cultura que foge do chamado padrão da sociedade. Merecem tanto respeito quanto lolitas, góticos, punks ou seja lá o que for. Fico até angustiada, essas ideias passarão para as filhas delas e assim continuaremos em um Brasil extremamente conservador.
    Tudo isso, é claro, é originado de uma sociedade machista, não há mistério. Mas me preocupa o fato de nenhuma delas terem o acesso a internet e nem pesquisarem essas coisas.
    Enfim, foi um ótimo texto, agradeceria muito se lesse o meu texto, se quiser. O link: http://gliterpunk.blogspot.com.br/2014/03/o-corpo-e-da-pessoa.html

    Beijos <3

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    1. Tirando você achar que femismo existe e que mulheres são machistas está legal o post.

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  21. Nesses tempos em que acompanho o seu blog, acredito que essa foi a melhor postagem que já li. Simplesmente espetacular! Acredito que os nomes pejorativos "puta", "cachorra", "vadia" e entre tantos também deveriam ser revistos no que tangem seus usos. Por que uma mulher não pode exercer o direito de ficar com vários homens? Por que uma mulher não pode usar shorts e blusas curtas? Apelo sexual É O BARALHO, as índias andavam nuas e nem assim eram estupradas! Tudo é uma questão de perspectiva cultural, do mesmo modo que as outras vertentes sociais como funkeiras, que eu critico exclusivamente a objetificação da mulher nas canções. Detesto funk e acho pior ainda para mulheres que ouvem inconscientemente músicas que as colocam na posição de objetos sexuais. Músicas que colocam na cabeça das garotas que elas devem ser sexys e que se não seguirem esse padrão, não serão mulheres mesmo. Roupa não aponta caráter e tampouco personalidade, porque se não, ser lolita seria impossível para alguém que xinga tanto quanto eu. Eu espero que ainda haja um dia em que meus preconceitos se vão, porque inconscientemente, nós SOMOS SIM preconceituosas e precisamos umas das outras para frear isso!

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    1. Eu parei de usar esses termos e me incomoda profundamente quando pessoas usam eles perto de mim. A vontade de cortar cabeças é muito grande.
      As índias eram estupradas pelos colonizadores, homem branco é foda ¬¬'
      Eu acho que o funk cantado por homens é muito objetificador (coloca as mulheres lado a lado com carros como objetos para ostentar), mas em alguns casos os funks cantados por mulheres podem ser empoderadores. A Valesca é um bom exemplo.
      O primeiro passo para combater o preconceito é reconhecê-lo :D

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  22. Belo texto! Acredito que isso valha pra qualquer garota independente do estilo!

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  23. Meu cool para quem acha que vestir umas anáguas e uns babados faz ser melhor do que as outras meninas. A verdade é que cada uma tem seu corpo, suas regras e seu jeito de ser. Estou cansada de sair na rua com uma legging, por exemplo, e ter que ouvir idiotas dizerem que "tô querendo". Tô querendo sim, o direito de vestir o que eu quiser sem quererem fazer minha "caveira" em relação á minha personalidade e minha sexualidade, caramba!

    Mitou mais uma vez,Thi! ♥

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    1. Legging é um caso sério. É a coisa mais confortável ever e tem gente que acha que a gente usa pra atrair macho. E tem gente que simplesmente não consegue usar outras calças por não servirem e tem que aturar a patrulha do corpo alheio querendo dizer que não podem usar por não usarem tamanho 38/40 :B meu koo, indeed.

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  24. Eu amei o seu texto, Ichigo ♥
    Você explica muito bem a situação e de forma simples (e muito de boas), me enche de alegria ver isso, é lindo e melhorou meu dia, obg ♥

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  25. Vim dizer o óbvio, o que tem todo mundo dizendo, o texto está maravilhoso! <3

    Mesmo já habituada ao termo e tendo sido "acordada" pela minha amiga, é sempre bom reafirmar esses preceitos de "abraçar todas as irmãs", o texto dosou tudo muito bem e me fez repensar novamente em certos atos.

    Faz um tempo já tenho mudado para chegar num ponto em que nunca mais farei isso, nem mesmo inconscientemente, mas surge a dúvida: Como conduzir de forma diplomática uma conversa que vai para o ponto do slut-chaming? Tenho tentado algo do tipo principalmente com os conhecidos de faculdade, mas é tão difícil fazê-los ver isso, ao ponto de certa vez levantar um pouco mais a voz... [Não que tenha se transformado de fato numa briga]

    Qual a melhor solução? Desistir desses "ouvintes surdos" ou insistir? [Os mais absurdos eu corto relações, mas e aqueles onde é quase inconsciente? Aqueles em que as pessoas como você mesmo disse são levadas a acreditar desde criança?]

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    1. É muito complicado conviver com gente que tem esse tipo de pensamento, ainda mais gente com quem não temos intimidade pra repreender assim D:
      De repente você pode usar isso contra eles? Tipo, apontar a hipocrisia mesmo. É uma técnica arriscada que a pessoa pode detestar, mas em último caso... G_G Por exemplo, se uma menina fala que outra ficou com não sei quem (digamos, ex de alguém( e chamar ela de vadia por isso falar: "ué, mas vc não ficou com fulano mesmo sabendo de cicrana? então o mesmo não se aplica a você?" ou então perguntar por que ela é vadia, pedir pra explicar exatamente o que na atitude dela faz dela uma vadia e por que ela se importa com isso. Geralmente as pessoas não sabem explicar e ficam nervosas. :B

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  26. Eu realmente gostaria de conversar quando eu estiver em um computador(odeiotouchscreen) e em algo mais rápido do que em comentários, achei o Post muito bom porém tem lá suas falhas.
    Como eu disse paciência me falta nessa telinha sem botões :s

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  27. Amei! Simplesmente perfeito! Estava pensando nisso um dia, eu gosto de me vestir de modo muito Happy e atualmente recebo algumas críticas e até piadinhas sobre meu gosto, mas agora que estou "sofrendo" esse pequeno preconceito percebi quanto eu era ignorante e hipocrita com os funkeiros, roqueiros, pagodeiros, sambistas entre outros.
    Eu tive minha visão aberta sobre tudo e todos, hoje em dia posso não gostar de um estilo musical, roupas ou de uma pessoa agir, pois não sei se é assim que ela se sente bem; atualmente me tornei alguém mais reservada apesar das minhas roupas escandalosas. Aprendi a compreender e ficar com minha opiniões guardadas em alguns casos.

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  28. Amei! Simplesmente perfeito! Estava pensando nisso um dia, eu gosto de me vestir de modo muito Happy e atualmente recebo algumas críticas e até piadinhas sobre meu gosto, mas agora que estou "sofrendo" esse pequeno preconceito percebi quanto eu era ignorante e hipocrita com os funkeiros, roqueiros, pagodeiros, sambistas entre outros.
    Eu tive minha visão aberta sobre tudo e todos, hoje em dia posso não gostar de um estilo musical, roupas ou de uma pessoa agir, pois não sei se é assim que ela se sente bem; atualmente me tornei alguém mais reservada apesar das minhas roupas escandalosas. Aprendi a compreender e ficar com minha opiniões guardadas em alguns casos.

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  29. "como pessoas que sofrem preconceito diariamente pela roupa que vestem nós deveríamos saber melhor"

    Esse trecho é algo que todas as pessoas do mundo deviam ler.... TODAS.

    Nossa sociedade atual é cercada de padrões e julgamentos. Você nunca é bonito o bastante, bem-sucedido o bastante, inteligente o bastante, alegre ou formal o bastante, "respeitável" o bastante... e todo mundo já foi julgado por algo assim e sabe como dói, qualquer um - e porque exatamente essa pessoa faz um terceiro passar pela mesma sensação?
    Tá aí uma coisa que nunca vou entender.


    Parabéns pelo texto, uma das coisas mais incríveis que já vi nesse blog e olha que amo ele!!

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